Descobertas por Sari Fontana

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Ela era viciada em Bis

Ela era viciada em Bis

[Desafio 3 dias sem doces - Dia 3] A história de uma chocólatra que foi trabalhar na fantástica fábrica de chocolates

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Sarita Fontana
abr 04, 2024
∙ Pago
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Ela era viciada em Bis
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Era uma vez uma jovem mulher que não tinha limites quando o assunto era doces. Mais especificamente, chocolates. Como vivia de dieta em dieta e estava sempre com fome, facilmente optava por pular uma refeição, em favor de uma caixa de Bis ao leite. E não parava por aí - logo depois, vinha outra caixa de Bis branco. Era a sobremesa da sobremesa, afinal?

Por uma coincidência do destino (ou talvez não), o futuro lhe reservou uma oportunidade de emprego em uma fábrica de chocolates. E não era qualquer fábrica - era a fábrica de Bis! A maior de todas, onde essas delícias crocantes eram produzidas. Num misto de sentimentos entre “Que máximo!” e “Como vou me controlar?” as calças rapidamente começaram a apertar. De fato, era impossível comer um só.

Relembre os dias 1 e 2 do nosso desafio:

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Alguns anos se passaram e, com várias peças de roupa já não servindo, ela se viu diante de algumas opções: continuar usando as poucas calças elásticas que ainda restavam; comprar numerações cada vez maiores; ou tomar uma atitude mais drástica - mas pedir demissão não estava nos planos.

Foi assim que ela tomou a decisão de redefinir sua relação com os chocolates. Não era mais possível continuar comendo tudo que sentia vontade, porque a vontade nunca passava, assim como a quantidade de chocolates disponíveis ao seu redor. Para alguém com dificuldade de moderação, essa não seria uma escolha factível como ponto de partida, e foi pensando nisso que ela tomou uma decisão ousada: passar um ano sem comer chocolates - pelo menos não voluntariamente, apenas por prazer. Como as guloseimas eram seu instrumento de trabalho como cientista de alimentos, ela permitia a si mesma o consumo mínimo necessário para análises sensoriais, mas aprendeu a realizar suas avaliações sem engolir os produtos.

Minha mesa de trabalho no escritório era mais ou menos assim (é brincadeira, mas nem tanto)

Não era mais possível continuar comendo tudo que sentia vontade, porque a vontade não passava, nem a quantidade de chocolates disponíveis ao seu redor.

Se deixar de engolir o chocolate pode parecer estranho, lembre-se que estamos falando de uma profissional dedicada ao desenvolvimento de formulações de chocolates, não de uma consumidora comum. Assim como um enólogo não bebe todo o vinho que precisa para trabalhar, uma especialista em chocolates não deve consumir todas as amostras que cruzam seu caminho. Afinal, onde isso poderia parar?


Ainda nesta edição: o que aprendi com essa experiência? Se renunciar aos doces para sempre parece impossível e desnecessário para a maioria de nós, qual a melhor estratégia a longo prazo? Como seguir após o desafio 3 dias sem doces?


Se você leu até aqui e já me acompanha há algum tempo, deve ter percebido que essa foi a minha história. A parte boa é que teve um final (e continua) muito feliz! Mas eu não estou sugerindo que você comece a cuspir chocolates, longe disso! Não acho que o açúcar é um veneno, nem que deva ser banido radicalmente.

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