-20Kg: meus erros e acertos
Um resumo da minha jornada para a saúde e o emagrecimento - e sua versão em áudio. Mas também vamos falar da enchente no RS.
Quando era criança, imaginava que aos 40 eu seria uma vovozinha.
Aos 20 achava que era imortal, abusava do meu metabolismo comendo tudo o que era gostoso e torrava no sol sem protetor solar. Trabalho era meu sobrenome e 40 anos era a idade dos meus gestores.
Cheguei aos 30 com várias dietas no currículo e alguns melasmas. Foi então que percebi que muitas mulheres de 40 eram mais saudáveis do que eu e me vi pensando como queria estar quando chegasse lá. Eu estava no caminho errado.
Em um domingo ensolarado de maio de 2013 decidi que não queria mais viver no efeito sanfona, nem arriscar minha pele para ganhar um bronzeado. Estava com quase 30 e exausta! Cansada de me decepcionar comigo mesma numa sucessão de fracassos evidenciados nas calças que já não serviam e na jaqueta jeans que apertou pela primeira vez. Naquele dia, resolvi mudar radicalmente meu estilo de vida, admitindo que a solução não era procurar atalhos.
No almoço, troquei o hambúrguer pela salada. Eu ainda não sabia que não precisava viver de alface pra ser saudável.

Foram muitos os erros antes de acertar
Teve a dieta da sopa, a dieta da USP, aquelas das revistas que revelavam o que as atrizes famosas comiam, quem lembra? Será que isso ainda existe? Espero que não. Teve remédios malucos pra emagrecer, efeito sanfona e mais remédios. Dieta Dukan. Jejum forçado para compensar. Fome e episódios compulsivos. Entre as lembranças um tanto embaçadas, de concreto ficaram as calças de diversos tamanhos que por anos guardei no armário como referência. Resquícios de um tempo em que, num piscar de olhos, nada mais me servia.
Aceitação x conformismo
Conheço os movimentos de aceitação e sua importância para combater o preconceito aos corpos "fora do padrão". Mas esse discurso, quando levado ao extremo, beira à promoção da obesidade. Assim como a cultura da magreza é prejudicial, negligenciar a obesidade como um fator de risco para diversas doenças crônicas também preocupa.
Ao contar minha história destaco o aspecto psicológico da compulsão e suas implicações na saúde, especialmente a mental, que se reflete na física. Eu poderia ter simplesmente aceitado que aquele ciclo seria constante na minha vida, assumindo que o descontrole era inevitável. Mas não me conformei, pois sabia que descontar minhas emoções na comida era um padrão audodestrutivo.
Felizmente, nada disso voltou a ocorrer desde que acertei o caminho. Aos 40 atingi minha melhor forma física, com uma composição corporal que jamais tive e uma pele (quase) sem manchas. Desenvolvi estratégias que me permitem manter os 20kg perdidos e minha rotina saudável em qualquer lugar. A saúde mental também agradece. Quando olho pra trás, sinto vergonha das decisões erradas que tomei, mas orgulho das minhas conquistas.
Falando em aprendizados
Muito obrigada a todos que participaram do primeiro happy hour das Descobertas. Foi muito especial ver seus rostos pela câmera e interagir mais “de perto” com vocês, ainda que online. Por mais encontros como este!
A história dos “meus erros e acertos na tentativa de ser saudável” eu contei com mais detalhes na live com os assinantes premium, e agora disponibilizo em áudio para quem perdeu. Se algumas dessas histórias forem ser úteis para alguém, valeu!