Armadilhas dos molhos de tomate
Um detalhe que pode estar sabotando sua dieta. 5 dicas para escolher um molho low carb (de verdade)
Presente em uma infinidade de receitas, o molho de tomate é praticamente uma unanimidade. Também conhecido como molho vermelho, é versátil, prático e saboroso. Ele é um verdadeiro coringa na cozinha, adicionando sabor e personalidade a pratos como pizzas, almôndegas, panquecas, ou acompanhando carnes e legumes. Idealmente, faríamos nosso próprio molho de tomate caseiro, mas na realidade, a praticidade de um molho industrializado é irresistível. Felizmente, esse é um exemplo de conveniência com a qual podemos contar sem temer, já que existem muitas boas opções disponíveis, basta saber identificá-las.
Recentemente, em um atendimento individual de consultoria de rótulos, conversei com uma pessoa que me inspirou a escrever esta edição. Vou chamá-la de Mariana. Ela me procurou porque já havia emagrecido 5 quilos após mudar seus hábitos alimentares reduzindo os carboidratos na dieta, mas a perda de peso havia estagnado e ela precisava de ajuda para identificar quais alimentos poderiam estar sabotando a continuidade desse processo rumo à sua meta de perder mais 10 quilos. Você já ouviu aquele ditado “o diabo mora nos detalhes”? É disso que estamos falando.
Em nossa conversa, mapeamos os principais alimentos industrializados que faziam parte da rotina agitada da família da Mariana, que assim como a maioria de nós, precisa contar com a praticidade de bons industrializados como aliados de sua alimentação saudável. Nesse processo, algo que chamou a minha atenção foram os molhos de tomate, que estavam passando despercebidos. Já falamos de ketchup nesta edição das descobertas, em que identificamos problemas no rótulo assinado pelo Madero. Aparentemente inofensivos, eles podem conter uma grande quantidade de carboidratos que seriam facilmente evitados com uma simples leitura e interpretação dos rótulos. Isso também se aplica aos outros tipos de molhos de tomate.
Na pesquisa dos molhos que encontrei online e em supermercados para escrever esta postagem, fui surpreendida com a diversidade de opções e composições nutricionais desses produtos. Mesmo alguns que contêm apenas tomate como ingrediente podem concentrar quantidades importantes de carboidrato. E por que isso importa? Justamente pelo fato de tomate ser algo natural, em combinação com a versatilidade de uso desses molhos, seu uso ocorre em grandes quantidades em receitas de consumo frequente. Assim como na casa da Mariana, isso pode estar acontecendo na sua casa.
Identificar produtos que adicionam carboidratos desnecessários à dieta não é uma questão de carbofobia. Low carb significa uma redução na ingestão de carboidratos, não sua eliminação completa. Nesse sentido, é desejável que o seu consumo ocorra de forma consciente, como uma escolha informada, em vez de ser resultado de enganação ou falta de conhecimento.
Que o consumo de carboidrato nos alimentos ocorra por opção, não por enganação.
Vamos comparar os rótulos de produtos populares para entender esses detalhes que podem fazer muita diferença. E ainda: 5 dicas para acertar na escolha dos molhos.
Primeiramente, vamos esclarecer que existem tipos variados de molhos de tomate, cada um com suas características. Em todos os casos, a casca e as sementes dos tomates são removidas no processo de fabricação. Em resumo:
Molho de Tomate: É o tomate processado e já temperado, pronto para o consumo. Pode conter ingredientes como cebola, alho, manjericão, etc.
Polpa de Tomate: Também chamada de purê, é simplesmente o tomate processado, para que o consumidor possa temperar como preferir. Pode conter sal e açúcar para corrigir o sabor. Ela é mais espessa que a passata e pode ser usada como base para outros preparos.
Extrato de Tomate: É a polpa de tomate concentrada, ou seja, precisa ser diluída para ser utilizada. Assim como a polpa, pode conter sal e açúcar para corrigir o sabor.
Passata: É um tipo de molho de tomate não cozido que costuma ser um pouco mais ralo que a polpa de tomate. A consistência líquida se deve à água da própria fruta, pois não é adicionado líquido ao preparo. Já a passata rústica é uma variação da passata de tomate que é mais espessa e tem pedaços de tomate em sua composição.