5 respostas que não cabem no Instagram
Lipedema e laticínios, emagrecimento, consumo de proteínas, exceções e suplementação
Leia também a última edição de perguntas e respostas.
Nesta edição, respondo dúvidas dos leitores:
Como você controla o lipedema? Os laticínios fazem diferença nesse sentido pra você?
Estou firme no propósito low carb, mas tá indo devagar. Devo fazer mais algo pra acelerar?
Precisamos suplementar algo diariamente? O que seria o ideal? como funciona pra você?
O que você acha de exceções planejadas, como dia do lixo?
Sari, no estágio atual da sua vida/ dieta, você se policia para manter um mínimo de ingesta de proteína? Ou come somente com fome mesmo? Mesmo que isso signifique ficar com uma ingesta menor de proteína/kg/dia? Pergunto porque eu me preocupo bastante em manter um mínimo de 1,6g/kg/dia, mesmo que isso signifique adicionar um bife de filé mignon no fim do dia sem fome, para manter ou melhorar meu ganho de massa magra.
Perguntas e respostas
Como você controla o lipedema? Os laticínios fazem diferença nesse sentido pra você?
Eu fui uma criança que tomava Biotônico Fontoura para abrir o apetite. Apesar de magra, cresci sendo chamada de “menina das pernas grossas”. Isso acabou virando um trauma na adolescência, quando comecei a engordar e percebi um aumento desproporcional de volume nos membros inferiores em comparação com o resto do corpo.
Enfrentei o calor de muitos verões vestindo calças pretas para esconder o tamanho das pernas.
Quem me vê agora até duvida do meu diagnóstico de lipedema — já ouvi que isso é frescura ou imaginação da minha cabeça. Seriam os hematomas aleatórios nas pernas também uma fantasia? É imaginação vestir blusa PP e calça M, não havendo um conjunto de roupas que sirva no corpo todo? A inexistência de botas que fechem no tornozelo é também alucinação? E como justificar as dores e o inchaço que ocorrem após uma caminhada ou viagem de avião? A gordura que permanece no local, apesar dos 20 quilos a menos?
Lipedema não é frescura, e também não é “só gordura”. Hoje eu me mantenho magra com um estilo de vida que me permite amenizar os sintomas dessa condição, que sei que não tem cura. Entre todas as estratégias que tentei (e foram muitas), a low carb combinada com atividade física regular foi a que me trouxe os melhores resultados, tanto em saúde física quanto mental. A melhora dos sintomas do lipedema é uma consequência desses hábitos.
Dica de leitura sobre este assunto: clique aqui. Dica de podcast: clique aqui.
Ao longo da última década, experimentei variações na dieta: restrição severa de carboidratos, adição de mais gorduras para atingir a cetose, assim como o desafio de eliminar os laticínios e os FODMAPs.